POSICIONAMENTO DO SETOR DA MAÇÃ EM FUNÇÃO DA CRISE CAUSADA PELO CORONAVÍRUS (COVID-19)

POSICIONAMENTO DO SETOR DA MAÇÃ EM FUNÇÃO DA CRISE CAUSADA PELO CORONAVÍRUS (COVID-19)

A ABPM – Associação Brasileira de Produtores de Maçã, a AGAPOMI – Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã, a AMAP – Associação dos Produtores de Maçã e Pêra de Santa Catarina e a FRUTIPAR – Associação dos Fruticultores do Paraná, bem como os associados destas organizações acompanham com muita preocupação e responsabilidade os efeitos da crise no Brasil e no mundo relacionada ao coronavírus (COVID-19).

Um número enorme de famílias depende de nossa atividade, tanto como fonte de renda quanto de alimento. A Cadeia da Maçã gera anualmente mais de R$ 5 bilhões em riquezas ao Brasil. São mais de 4 mil propriedades que cultivam 33 mil hectares com macieiras, e produzem 1,2 milhões de toneladas anualmente. Geramos diretamente cerca de 50 mil empregos e outros 100 mil indiretos.

É dever de todos e, portanto, nosso inclusive, combater aquilo que atenta contra a vida. Isto definitivamente inclui a pandemia viral COVID-19 e também a miséria. Perderemos ainda mais vidas se formos negligentes no processo de enfrentamento à doença. E se sofrermos um desastre econômico no Brasil a fome, a desnutrição, o retrocesso em termos de saneamento básico, o aumento da violência, a queda da arrecadação fiscal e consequente impacto sobre políticas públicas sociais, a destruição de carreiras, de sonhos, enfim, de vidas fará um número incontável de vítimas.

Neste sentido, vimos apresentar posicionamento conjunto e assumir compromissos diante da sociedade brasileira, além de clamar às autoridades de âmbito federal, estadual e municipal por decisões rápidas e racionais para preservação da saúde e também dos empregos do povo brasileiro.

A ABPM, a AGAPOMI, a AMAP e a FRUTIPAR, bem como seus associados:

1. Comprometem-se a cumprir com a missão de alimentar a sociedade e não paralisar as operações.

2. Estão seguindo todos os protocolos recomendados pelas autoridades de saúde para proteção de seus colaboradores, e comprometem-se a mantê-los até o fim da pandemia causada pelo coronavírus (COVID-19).

3. Comprometem-se a envidar todos os esforços possíveis para evitar demissões.

4. Comprometem-se a apoiar políticas públicas e ações em prol do essencial abastecimento da população com alimentos, incluindo a maçã, fruta com propriedades benéficas ao sistema imunológico humano.

5. Comprometem-se a apoiar as políticas de saúde pública durante e após o enfrentamento ao coronavírus (COVID-19).

6. Comprometem-se a apoiar todas as medidas dedicadas a evitar que a economia do País entre em colapso o que trará desemprego em massa, fome, violência e desordem social.

7. Comprometem-se a exercer e estimular a solidariedade, especialmente neste momento pelo qual uma parcela ainda mais expressiva da população brasileira passa por dificuldades.  

8. Apoiam a adoção da quarentena da população sujeita ao maior risco no que tange ao coronavírus (COVID-19), ou seja, aquela com idade superior a 60 anos, e também das pessoas portadoras de doenças que as tornam mais vulneráveis ao vírus. Que se faça isto juntamente com a aplicação de políticas públicas de proteção desta população como campanhas informativas, nutrição adequada, monitoramento do quadro de saúde, suporte de renda aos mais necessitados, dentre outras. Estas pessoas contribuíram muito com a sociedade brasileira e precisamos demais do conhecimento e experiência que lhes são característicos para superarmos tão imponente desafio, portanto merecem todo o cuidado e proteção por parte das autoridades e também dos mais jovens.

9. Defendem que os demais, ou seja, aqueles que integram a faixa da população de risco mais baixo sejam liberados para voltarem ao trabalho, desde que se submetam aos protocolos de saúde para proteção individual e regras gerais de higienização definidos pelas autoridades de saúde. Só assim poderemos proteger o público mais vulnerável à doença e também as novas gerações. Ademais, os setores considerados essenciais por legislação precisam de suprimentos e de consumo, do contrário também irão parar.

10. Defendem e solicitam o estabelecimento de políticas públicas voltadas à recuperação da saúde financeira dos empreendimentos.

11. Defendem a execução no Brasil de uma mega campanha publicitária de incentivo ao consumo dos produtos nacionais. Nosso grande mercado interno é um fator decisivo para a recuperação da economia.

Não subestimamos a imponência do desafio que enfrentamos. Porém, estamos convictos de que a união, o trabalho e a solidariedade do povo brasileiro subjugarão os efeitos da pandemia, e tornarão a Nação Brasileira ainda mais forte.

Fraiburgo (SC), 03 de abril de 2020.



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