CNA celebra vitória dos fruticultores com lançamento do Plano Nacional de Combate à Mosca-das-Frutas

CNA celebra vitória dos fruticultores com lançamento do Plano Nacional de Combate à Mosca-das-Frutas

Brasília (08/09/2015) – A Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) celebra mais uma grande vitória para os produtores de fruta do Brasil. Foi lançado na manhã desta terça-feira (08/09), pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS), o Plano Nacional de Combate à Mosca-das-Frutas (PNCM). Serão investidos R$ 128 milhões até 2018 para erradicar a praga, uma das mais relevantes da fruticultura brasileira, que causa prejuízo de cerca de US$ 120 milhões ao ano, entre perdas de produção, custos de controle, processamento e comercialização.
De acordo com o presidente da Comissão Nacional Fruticultura da CNA, Tom Prado, desde 2011 a Confederação trabalha por uma solução do problema, que causa perda de qualidade e produtividade e prejuízo econômico ao produtor. “A assinatura desse programa foi um marco para nós. Essa praga é a ‘aftosa das frutas’, prejudica o produtor na competitividade frente à abertura de mercados para exportação”, observou. Tom acrescenta que têm países importadores que só compram frutas de países livres da praga. “Essa imposição era um fator limitante para o Brasil”, ressalva.
As principais espécies da mosca-das-frutas no Brasil estão nos estados de Roraima, Pará e Amapá, no Vale do São Francisco e na região Sul, com prevalência da Ceratitis capitata (mosca-do-mediterrâneo, que ataca principalmente acerola, manga, goiaba, uva e citros), Anastrepha obliqua (manga, cajá-manga e mamão), Anastrepha fraterculus (maçã, pêssego, mamão, citros, pera, goiaba) e Anastrepha grandis (melão, melancia, abóbora). Além dessas, uma quinta espécie ocorre em algumas regiões do Brasil e está em processo de erradicação, a mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae), que, além da carambola, ataca mais de 50 plantas.
O investimento direto do Mapa será de R$ 10 milhões ao ano para implementação de sistemas de mitigação de risco, certificação e programas de erradicação, além de R$ 6 milhões anuais para o subprograma de erradicação da mosca-da-carambola. O ministério ainda repassará por meio de convênio com estados mais de R$ 20 milhões entre 2015 e 2016. Já a iniciativa privada vai cooperar com R$6 milhões por ano, por meio da Abrafrutas.
Metas – A erradicação da mosca-da-carambola se dará por meio de parceria entre o MAPA, as agências de defesa agropecuária estaduais e o setor privado. O programa visa a estabelecer uma política internacional de monitoramento e controle da praga na Guiana, Guiana Francesa, Suriname, Venezuela e Trinidad e Tobago e incluir vigilância permanente nos portos e aeroportos das regiões indenes a fim de gerenciar o risco de dispersão.
O ministério ainda pretende suprimir a população da mosca-do-mediterrâneo, promovendo o controle biológico da praga em área ampla. Entre as metas do programa também está o reconhecimento da região acima do paralelo 13º como livre do gênero Anastrepha grandis – ampliando áreas com sistemas de mitigação de risco – e controlar a mosca-das-frutas no Vale do São Francisco.
Ações de defesa vegetal – Vigilância fitossanitária por meio de levantamento e monitoramento de pragas; prevenção contra a entrada de novas espécies de moscas-das-frutas no Brasil; controle de espécies com maior potencial de dano econômico; erradicação da mosca-da-carambola; estabelecimento e manutenção de Áreas Livres de Pragas; implementação do conceito de Áreas de Baixa Prevalência para as moscas-das-frutas; instalação de áreas de proteção fitossanitária; aplicação da pesquisa agropecuária no controle das moscas-das-frutas, dando ao produtor acesso a tecnologias de prevenção.


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