Kátia Abreu: consumo de frutas deve ser democratizado entre os brasileiros

Kátia Abreu: consumo de frutas deve ser democratizado entre os brasileiros

A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) afirmou nesta terça-feira (8) que o Mapa pretende democratizar o consumo de frutas entre os brasileiros. A declaração foi feita durante lançamento do Programa Nacional de Combate à Mosca-das-Frutas, que vai investir R$ 128 milhões para aumentar a qualidade, a segurança fitossanitária e o consumo de frutas pelos mercados interno e externo.
O programa, uma parceria com a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), foi apresentado pela ministra aos produtores do Vale do São Francisco em Petrolina (PE), nesta quarta-feira (9).
Para Kátia Abreu, o controle das moscas-das-frutas – pragas que causam prejuízo da ordem de US$ 120 milhões todos os anos – estimulará o consumo de frutas no país, uma vez que o preço poderá ser reduzido. “Essa mosca não adoece pessoas, apenas o bolso do produtor, que acaba repassando para o consumidor os prejuízos causados pela praga”, explicou a ministra. “O controle sanitário ajuda na competitividade e baixa custos”, completou.
Kátia Abreu afirmou que o Mapa trabalhará para aumentar o consumo per capita de frutas entre os brasileiros, que atualmente comem menos do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMC). A entidade recomenda 140 quilos ao ano, mas, no Brasil, come-se apenas 57 quilos em média.
“Queremos pelo menos dobrar esse consumo, ou seja, popularizar as frutas através do preço. Sabemos que as frutas ainda não chegaram à população de baixa renda e temos que trabalhar para que isso aconteça. A fruta deve ser democratizada na geladeira do brasileiro, nosso maior consumidor”, afirmou durante coletiva de lançamento do programa.
Exportações
Além de estimular o consumo interno, o programa também visa a alavancar as exportações de frutas brasileiras, visadas por diversos países. A ministra explicou que os produtos exportados têm a mesma qualidade dos que são destinados ao mercado interno e que todas as práticas de controle sanitário adotadas país atendem às recomendações internacionais.
“Algumas pesquisas dizem que os brasileiros acham que a gente exporta o que é bom e mantém aqui apenas o que é ruim. Não há menor possibilidade de os produtores darem conta disso. As exigências para o mercado externo são as mesmas para o interno. Agora, existem regras exorbitantes lá fora, que são disfarçadas de barreira comercial”, disse a ministra.
O presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Lopes, afirmou que o programa das moscas-das-frutas abrange medidas inovadoras de combate a pragas, como manejo integrado e planejado e controles químico e biológico. “Um exemplo disso é a produção de insetos estéreis. É necessário trabalhar com esse conjunto amplo de soluções, uma solução só não é possível para tratar o problema de forma permanente”, observou Lopes.
O presidente da Abrafrutas, entidade parceira do programa, afirmou que a cadeia prioriza abertura de novos mercados, acordos de livre comércio e remoção de barreiras não-sanitárias. ”Com o programa do Mapa, estamos dando os passos em direção a colocar o Brasil no mercado internacional de frutas e, para isso, a defesa vegetal é imprescindível”, declarou Luiz Roberto Barcelos.


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