Você sabe o que é rastreabilidade? Conheça sua importância para garantir um alimento seguro

Você sabe o que é rastreabilidade? Conheça sua importância para garantir um alimento seguro

O conceito de rastreabilidade do alimento tomou os noticiários no último mês – no dia 8 de agosto entrou em vigor uma nova regulamentação proposta pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a produção de frutas e hortaliças. Entre todas as frutas, a maçã, a uva e os citros foram escolhidos para serem as primeiras a seguir a nova exigência.

Essas normas existem para permitir que os alimentos oferecidos no mercado consumidor possam ser rastreados desde sua origem de produção, garantindo que o responsável por cada elo da cadeia mantenha registros documentais de todos os procedimentos a que os frutos foram expostos ao longo de todas as etapas.

Os produtores de maçã brasileira já têm sistemas de rastreabilidade há mais de duas décadas. Todos os procedimentos relacionados à produção de maçãs – desde os pomares até a chegada ao cliente – são controlados e registrados. Vários sistemas de informação e gestão são utilizados para este fim. O objetivo é garantir um alimento seguro e saudável para os consumidores, além de permitir que os órgãos de fiscalização consigam descobrir a origem das maçãs, e acompanhar se os padrões de classificação, qualidade e segurança do alimento estão sendo seguidos.

No post de hoje, contamos um pouco sobre o processo e qual a sua importância.

Como funciona a identificação?

Apesar de realizarmos a colheita somente em uma época no ano, as atividades nos pomares de maçãs acontecem durante todos os doze meses. Diversos processos devem ser empregados em diferentes períodos do ano antes de as frutas serem colhidas, como poda, polinização e raleio, além de cuidados com a saúde das plantas e frutos.

Para facilitar a organização e controles durante a produção, os pomares são divididos em áreas menores, que podem ser chamadas pelos produtores de talhões, parcelas ou quadras, identificados por números, letras, códigos etc. Quando ocorre a colheita, as maçãs de cada talhão recebem uma codificação que as acompanhará até o packing house – local de armazenagem, classificação e embalagem das maçãs. No packing house, em função de suas características e atendendo à legislação, as maçãs são reunidas em lotes homogêneos e codificados.

Lá, os lotes provenientes de diversos talhões são consolidados e todos os processos produtivos relacionados à pós-colheita são agregados à identificação do produto. Essa codificação final permitirá rastrear as maçãs a qualquer momento, permitindo que qualquer pessoa interessada saiba de onde vieram e quais tratos culturais foram realizados nas frutas.

O que muda com a nova norma?

O setor da maçã é pioneiro no Brasil na adoção da Produção Integrada de Frutas, cujos princípios asseguram uma produção sustentável e tem na rastreabilidade uma de suas ferramentas mais básicas. Portanto, podemos dizer com orgulho que a atualização da legislação não demandará mudanças nos processos do setor. Isso porque o foco dos produtores de maçãs brasileiras sempre foi o de produzir maçãs seguras, de qualidade comprovada e rastreável. Segundo a Instrução Normativa, o detentor das maçãs deve ter condições de informar os dados do produtor e o país de origem da fruta. Além disso, a cada etapa da cadeia de produção, os registros de práticas de manejo e qualidade executadas devem ficar disponíveis por pelo menos 18 meses.



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