23 set NOTA DE ESCLARECIMENTO: CERA NA MAÇÃ
A Associação Brasileira de Produtores de Maçã – ABPM, sociedade civil sem fins econômicos, criada em Porto Alegre em 1978, com endereço na cidade de Fraiburgo-SC, na Rua Nereu Ramos, no. 1064, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 89.519.201/0001-03, após tomar conhecimento da divulgação de vídeos nas mídias sociais apontando a presença de cera em maçãs vem esclarecer a todos os consumidores o que segue.
Inicialmente, importa ressaltar que o acúmulo de ceras sobre a casca de frutas, folhas e até mesmo sobre flores, é um processo natural do desenvolvimento de algumas plantas. A formação da cutícula sobre a parede das células da casca ocorre desde o início do desenvolvimento dos frutos e tem a função de protegê-los contra estresses do meio ambiente tais como vento, temperatura e seca, não apenas quando o fruto está ainda ligado à planta mãe, mas também após a colheita.
Entre as demais funções desta cera natural da fruta, ela é responsável por evitar a sua desidratação depois que a colheita é realizada, bem como melhora a troca gasosa na respiração, podendo prevenir contra ataque de fungos decompositores, além de realçar a cor e o brilho natural da maçã. Esta camada natural de cera pode ser mais ou menos espessa em função de características como Cultivar, época de colheita, período em que a fruta ficou armazenada, região de produção e principalmente em função do clima sob o qual a fruta foi produzida, (clima mais quente ou frio, maior período de insolação, chuva e etc.).
Estas informações estão baseadas na seguinte bibliografia científica: “ARGENTA, L. C. Fisiologia e tecnologia pós-colheita: Maturação, colheita e armazenagem dos frutos In: A cultura da macieira.1 ed.Florianópolis : EPAGRI, 2006, p.691-732.”
Os produtores de maçã do Brasil NÃO FAZEM APLICAÇÃO DE QUALQUER TIPO DE CERA EM MAÇÃS, pois ela já é produzida naturalmente e em quantidades suficientes.
A produção de maçãs no Brasil está sujeita às regulações e auditorias de diversas autoridades de âmbito federal, estadual e municipal, incluindo aquelas relacionadas à saúde, como a ANVISA, por exemplo, e ademais uma área expressiva da cultura está certificada com base em protocolos internacionais que enfocam também as questões relacionadas à segurança o alimento.
Alguns países aplicam óleos naturais comestíveis e seguros, sobretudo de carnaúba sobre frutas tais como maçãs, laranjas e outras. Porém, no Brasil essa técnica não é empregada pelos produtores de maçãs.
Sugerimos que assista a participação da Dra. Glaucia Pastore – Ciência dos Alimentos da Unicamp: www.youtube.com/watch?v=Fq65v2DF2dM&t=18s para mais esclarecimentos.
Saudações,
PIERRE NICOLAS PÉRÈS
PRESIDENTE CONSELHO DIRETOR ABPM
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