Abrafrutas promove missão empresarial a Hong Kong e visa criar Plano Estrategico para a Ásia

Abrafrutas promove missão empresarial a Hong Kong e visa criar Plano Estrategico para a Ásia

Publicado por Comex do Brasil em 09/08/2016 
Brasília – O presidente da Associação Brasileira dos Produtores e
Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Luiz Roberto Barcelos
aguarda com otimismo a missão de prospecção de negócios que a
instituição promoverá  em  Hong Kong no início do mês de setembro. Com a
realização da missão, ele acredita que o setor da fruticultura nacional
“estará apto a desenvolver um Plano Estratético de Marketing que
permita ao Brasil operar na Ásia com consistência e competitividade”.
Presidente da Abrafrutas, Luiz Roberto Barcelos
A missão vem sendo preparada com esmero
pela Abrafrutas  e dela farão parte 22 dirigentes de sete empresas
produtoras e exportadoras de uvas, mangas, mamões papaia, melões e
maçãs, entre outras frutas , além de representantes da Associação.
Segundo o presidente Luiz Roberto
Barcelos,  “durante a permanência em Hong Kong o grupo pretende colher
informações estratégicas sobre o mercado asiático, complementares aos
estudos de abertura daqueles mercados já realizados pela Apex-Brasil e
também pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento”.
Com uma população de 7,3 milhões de
habitantes e um território de apenas 1,1 mil km2, Hong Kong é uma Região
Especial Administrativa da República Popular da China e, na prática,
funciona como hub de importantes mercados regionais asiáticos e por isso
mesmo é considerada pela Abrafrutas como um bom local para buscar
informações complementares sobre países como a Coreia do Sul, Japão,
Taiwan, Malásia,e Singapura e da própria China.
Além do mais, Hong Kong é a sede de uma
das mais importantes feiras de frutas de todo o continente asiático, a
Asia Fruit Logistica e por isso mesmo, além de visitarem o antigo
protetorado britânico, os produtores e exportadores aproveitarão a
missão para manter contato próximo com distribuidores de toda a região.
Segundo Luiz Roberto Barcelos, “por tudo
isso, a missão de prospecção se antecipa como uma grande chance de
otimização com relação aos deslocamentos caso a decisão fosse visitar
cada mercado localmente. Ainda assim, é importante frisar que se trata
de uma missão meramente exploratória, de busca de informações sobre o
mercado asiático”.
O presidente da Abrafrutas destacou
ainda que “vamos em busca de informações estratégicas. Ainda não temos
um plano detalhado visando aumentar as exportações de frutas para a
região e queremos desenvolvê-lo de forma efetiva, participativa e com
muita competência antes de focarmos nas exportações propriamente ditas.
Por outro lado, existe ainda a questão da abertura dos mercados para
muitas das frutas  que representamos. Essa ação deverá ser desenvolvida
em parceria entre os setores público e privado”.
Luiz Roberto Barcelo mostra-se otimista
quanto às perspectivas que se abrem para os exportadores brasileiros de
frutas com a missão de prospecção a Hong Kong, mas não deixa de
reconhecer que há grandes desafios a serem vencidos para que as frutas
brasileiras cheguem aos mercados da região.
Cauteloso, ele reconhece que “temos
ainda desafios logísticos que devem ser vencidos para uma partipação
mais significativa da fruticultura brasileira nos mercados asiáticos,
principalmente no de frutas frescas. Contudo, estamos convencidos de que
profissionalismo e gestão estratégica permitirão que as melhores opções
sejam identificadas”.
A missão a Hong Kong será chefiada pelo
diretor de Assuntos Internacionais da Abrafrutas, Jorge Souza, e durante
a estadia dos empresários brasileiros naquele país serão realizadas
visitas a supermercadistas e varejistas locais para levantar as
tendências, hábitos de consumo das pessoas e potencialidades dos
mercados local e regional.
Além disso, os integrantes da missão vão
visitar a Fruit Logistica Asia, a ser realizada de 7 a 9 de setembro e
aproveitarão para assistir a conferências do Asiafruit Congress, um dos
maiores eventos da fruticultura do continente asiático.
Com uma população de pouco mais de 7,3
milhões de habitantes, Hong Kong tem um Produto Interno Bruto  nominal
(PIB) de US$ 307,79 bilhões (2015) e um PIB nominal “per capita” de mais
de US$ 42 mil (dados de 2015). A origem do PIB de Hong Kong  tem uma
forte concentração no setor de serviços (92,8%) e participação de 7,2%
do setor industrial e apenas 0,1% da agricultura.
Apesar de pequeno em termos de área
geográfica e população, Hong Kong é um verdadeiro gigante em matéria de
comércio exterior. Ano passado, o intercâmbio comercial do país atingiu a
cifra de US$ 1,046 trilhão, com exportações no total de US$ 499 bilhões
e importações no montante de US$ 601 bilhões.
Para se ter uma ideia da importância
desses números, em 2015, o Brasil, um país com 204 milhões de habitantes
e um PIB de mais de US$ 2 trilhões, teve um fluxo comercial
 (exportações+importações) de apenas US$ 363 bilhões.
A participação do Brasil no comércio
exterior de Hong Kong é pouco expressiva. Em 2015, as exportações
brasileiras para Hong Kong somaram  US$ 2,108 bilhões e as importações
atingiram a cifra de US$ 618 milhões, o que proporcionou ao Brasil um
superávit de US$ 1,490 bilhão no comércio bilateral com os asiáticos.
Este ano, de janeiro a junho, o Brasil exportou mercadorias no valor de
US$ 1,189 bilhão e comprou US$ 211 milhões em produtos fabricados em
Hong Kong.
Apesar da população pequena e,
consequentemente, do baixo consumo, as exportações de frutas podem
contribuir para o aumento desses números. Segundo o diretor-executivo da
Abrafrutas, José Eduardo Brandão Costa, “Hong Kong não é um grande
mercado para a fruticultura nacional, mas o país tem uma população com
elevado poder aquisitivo e  é grande consumidora de frutas. Além do
mais, trata-se de um mercado capitalista, diferentemente da China, que
coloca uma série de entraves e barreiras sanitárias e fitossanitárias às
exportações de frutas de outros países”.
José Eduardo Brandão Costa ressalta
ainda que “vamos aproveitar também para fazer, in loco, um mapeamento
das barreiras sanitárias e fitossanitárias adotadas por Hong Kong e por
outros países da região, o que contribuirá para que os exportadores
nacionais tenham um maior conhecimento prévio desses mercados antes de
buscarem negócios na região. Pretendemos explorar as potencialidades
oferecidas pelo fato de que esses profissionais têm um raio de ação que
transcende aquele país e atinge outros mercados igualmente promissores
para a fruticultura nacional”.


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