Cadeia produtiva da maçã entra em debate na Câmara dos Deputados

Cadeia produtiva da maçã entra em debate na Câmara dos Deputados

Data de publicação – 06/10/2015

Os representantes da cadeia produtiva da maçã do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina estiveram reunidos na tarde desta terça-feira, na Comissão da Agricultura da Câmara dos Deputados, em Brasília, para debater sobre temas relacionados ao setor. A audiência foi proposta pelos deputados Afonso Hamm e Alceu Moreira.
Os dados sobre o setor foram apresentados pelo presidente da
Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM), Pierre Nicolas;
diretor-executivo da ABPM, Moisés de Albuquerque. Dados do IBGE apontam que em
2015 o Brasil produziu 1,27 milhão de toneladas de maçã em uma área de 36,3 mil
hectares, o que segundo a FAO coloca o País entre os 12 maiores produtores do
mundo. O faturamento do segmento da maçã no Brasil, em 2014, foi na ordem de R$
2,1 bilhões com a comercialização da fruta in natura no mercado interno.
O deputado federal Afonso Hamm destaca a importância do
setor da maçã que movimenta a economia nacional, em especial para Santa
Catarina e Rio Grande do Sul. O parlamentar, que tem forte atuação no setor da
fruticultura, comenta que em agosto esteve reunido com os produtores de maçã
que integram à Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã (AGAPOMI), presidida
por José Maria Reckziegel, que estava presente na audiência.
O encontro contou com a presença de prefeitos, do secretário
de Agricultura do Rio Grande do Sul, Ernani Polo; representantes do Ministério
da Agricultura, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Embrapa e associações.
Reivindicação
Hamm destaca a pauta de reivindicação do
setor: manutenção do Programa de Subvenção ao Seguro Agrícola para atender aos
produtores de maçã; aprovação do Plano de Mitigação da Cydia Pomonella, a fim
de preservar o status de área livre; andamento do projeto Moscasul; linhas
específicas de financiamento para implantação de telas anti-granizo nos pomares
de maçã e reconversão de pomares; parcelamento do vencimento dos custeios como
já ocorre com outras culturas e manutenção da oferta de linhas especiais de
comercialização no segundo semestre do ano. O parlamentar já reivindicou
audiência com a Ministra da Agricultura, Katia Abreu, para tratar do assunto.
Os representantes da ABPM enfatizaram sobre a preocupação em
relação à permissão da entrada de maçã da China no Brasil que provocará o
colapso da cadeia produtiva da maçã, e gerará impacto também sobre outros
segmentos que integram a cadeia. No que se refere à subvenção ao prêmio de
seguro agrícola, a reivindicação é para que seja aportado o mesmo volume de
recursos empenhados pelo MAPA em 2014.
Pierre relata que o setor reivindica a um dos principais
temas é sobre a preservação da erradicação da Cydia pomonella (considerada uma
das piores pragas da pomicultura), quando o Brasil erradicou oficialmente há
mais de um ano. “A maior ameaça de reintrodução da praga é com a importação de
frutas reconhecidas como hospedeiras de cydia pomonella, a partir de países com
a presença dela, e o fato de o Brasil não impor requisitos fitossanitários
tecnicamente suficientes para a proteção da pomicultura do País”, observa.
Outro assunto em debate foi sobre Moscasul, que teve
convênio firmado com Mapa, com investimento de R$ 128 milhões até 2018 para o
Programa Nacional de Combate às Moscas-das-Frutas. A praga, uma das mais
relevantes da fruticultura brasileira, causa prejuízo de cerca de US$ 120
milhões ao ano, entre perdas de produção, custos de controle, processamento e
comercialização.

Hamm é autor de emenda, no valor de R$ 300 mil, para Embrapa
em Vacaria, visando à realização do trabalho de monitoramento desta praga que é
muito prejudicial na fruticultura. “Com a continuidade desse programa teremos o
controle biológico dessa praga”, conclui.
Informações de Assessoria de Imprensa do Deputado Afonso Hamm
fonte:http://www.afonsohamm.com.br/noticia.aspx?noticiaID=5356


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