15 out FPA debate avanço da importação de maçãs da China que preocupa fruticultores
Lideranças do Setor da Maçã, Deputados Estaduais do Sul do país e Secretários de Agricultura estiveram reunidos nesta terça-feira em Brasília na Frente Parlamentar da Agropecuária debatendo a preocupação dos fruticultores com o avanço das importações de maçã da China. A entrada da fruta no Brasil produzida pela China poderia trazer grandes prejuízos para o Setor nos estados produtores como Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Conforme o Deputado Valdir Colatto (PMDB/SC), atualmente a China responde por quase metade da produção mundial de maçã e por 70% da produção mundial de pera. Comparando com o Brasil a produção chinesa é trinta e uma vezes maior do que a brasileira. Ainda conforme o parlamentar, devido a grande quantidade produzida e aos subsídios do Governo chinês a maçã chinesa chegaria ao mercado brasileiro a trinta e quatro reais a caixa, sendo que o custo de produção em Santa Catarina é de trinta e cinco reais a caixa: “Hoje o Brasil produz um milhão e cem mil toneladas, a China trinta e oito, trinta e nove milhões de toneladas, se entra maçã da China acaba aqui com uma produção de maçã de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, onde tem cerca de quatro mil e trezentos produtores, cerca de cinquenta mil empregos diretos, cento e cinquenta mil empregos indiretos, e que gera toda uma economia de pequenos produtores em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, que são os grandes produtores de maçã, e nós temos a melhor maçã do mundo. Então nós estamos trabalhando para que o governo não importe, não faça moeda de troca a maçã com outros produtos da China para que não entre esse produto chinês aqui e inviabilize a maçã. Nós temos aí o custo de trinta e cinco reais a caixa, quando chegar aqui de vinte cinco a trinta o valor que chega da China vai inviabilizar o Setor da maçã aqui no Brasil.”
A China é a maior produtora mundial de maçã com cerca de trinta e seis por cento do mercado mundial e o volume com cerca de trinta milhões de toneladas colhidas anualmente, enquanto isso o Brasil é apenas o décimo quinto produtor mundial e a entrada da maçã chinesa poderia causar uma quebra sem precedentes aos produtores que não conseguirão atingir o preço de mercado praticado pela maçã da China.
De Brasília – Ronaldo Berwanger
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