Gabriel Ribeiro entra na luta dos produtores de maçã para barrar importação

Gabriel Ribeiro entra na luta dos produtores de maçã para barrar importação

Deputado Gabriel na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados
O deputado Gabriel Ribeiro (PSD) entrou na luta com os produtores de maçã de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná para que o Ministério da Agricultura não autorize a importação da fruta chinesa. Nesta semana, participou de três encontros em Brasília: na Confederação Nacional da Agricultura (CNA), no Fórum Parlamentar da Agropecuária e na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados (foto).
Nas três reuniões, expôs sua posição contrária à importação, justificando que a maçã chinesa é altamente subsidiada e não está livre da Cydia pomonella, praga que o Brasil erradicou há quase dois anos. Devido aos subsídios, a fruta chinesa chegaria ao Brasil com o preço final inferior ao custo de produção catarinense. Sobre a praga, o país demorou quase 20 anos para erradicá-la, e haveria o risco de reintrodução da Cydia pomonella no Brasil.
Além disso, explicou o deputado Gabriel Ribeiro, seria um “desastre” para municípios como São Joaquim e Fraiburgo, que têm suas economias calcadas na produção desta fruta. O parlamentar chamou a atenção que é preciso evitar com a maçã o que ocorreu com o alho catarinense após a importação do produto. E com um agravante: a cultura do alho é anual, mais fácil de ser substituída, enquanto um pomar de maçã é projetado para 20 anos.
Em números
– A China subsidia os seus produtores rurais, de maneira geral, com 292,6 bilhões de dólares. Com o benefício, o produto daquele país chegaria ao mercado brasileiro ao preço de R$ 34,00 a caixa de maçã com 18 quilos, enquanto o custo de produção em Santa Catarina é de R$ 35,00 a caixa.
– Em 1991 foram detectados os primeiros exemplares da Cydia pomonella no Brasil. A declaração da erradicação ocorreu em São Joaquim, pelo então ministro da Agricultura Neri Geller.
– Com a erradicação, os produtores do país reduzem o custo nos pomares em R$ 40 milhões/ano.
– Em Santa Catarina, 2.763 famílias dependem da produção da maçã, que é a terceira fruta na mesa dos brasileiros, atrás apenas da laranja e da banana.
– Conforme pesquisa da Associação Brasileira dos Produtores de Maçã, o setor injeta na economia do país, anualmente, R$ 490 milhões somente em salários. O setor emprega 58,5 mil pessoas diretamente e outros 136,5 mil em com empregos indiretos.


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