15 out Maçã chinesa pode acabar com os pomares brasileiros Produtores do PR, SC e RS querem impedimento a entrada da produção chinesa no mercado nacional.
Se governo brasileiro não barrar a entrada da maçã chinesa, a produção nacional poderá ficar totalmente inviabilizada com risco de erradicação total dos atuais pomares. O alerta foi feito pelo produtor palmense, Ivanir Dalagnol, que também é presidente da Frutipar – Associação dos Fruticultores do Paraná que participou de audiência pública na Câmara dos Deputados na última semana para tratar da preocupação.
Durante o Programa Dinâmica 1050 na Rádio Club AM de Palmas, o também Diretor Técnico da Associação Brasileira dos Produtores de Maçã – ABPM destacou que o temor dos produtores brasileiros perderem o mercado para a China foi discutida na última semana por representantes do setor do PR, SC e RS.
Explicou que maçã chinesa pode entrar no Brasil com preço bem menor que o da fruta nacional, em função do elevado subsídio que governo do país asiático disponibiliza a seus produtores. Conforme ele, atualmente a China detém entre 50 e 70% da produção mundial da maçã e produz 31 vezes mais que os pomares brasileiros.
“Além dos impactos no mercado, há as consequências sociais com fim dos postos de trabalho e ainda problemas fitossanitários que podem afetar todos os pomares brasileiros caso haja esse acordo com o governo brasileiro para a entrada da maçã asiática no mercado nacional”, alertou.
O Brasil tem cerca de 4.321 produtores que produzem 1,27 milhão de toneladas em 36,2 mil hectares. O faturamento com a comercialização in natura é de R$ 2,1 bilhões e outros USD 54 milhões com a exportação do fruto e suco. A atividade no pais gera 58 mil empregos diretos e outros 137 mil indiretos. Somente nos pomares em Palmas, sul do Paraná, a produção é superior a 12 mil toneladas e emprega anualmente, no período da safra entre janeiro e maio, mais de mil trabalhadores.
Além da audiência, no último dia 06 de outubro, a preocupação dos produtores e a importância do segmento da maçã para o Brasil, foi levada ao deputado paranaense, Fernando Giacobo(PR), que é relator da Frente Parlamentar da Agricultura – FPA e ao Lider da Bancada do Paraná, dep. João Arruda(PMDB). A situação do setor deve ser tratada agora em audiência com a ministra da agricultura, Katia Abreu e também em reunião que deve envolver parlamentares federais e estaduais dos três estados do Sul para pressionar o governo a não estabelecer os acordos com a China.
Durante a audiência ficaram estabelecidos quatro eixos de trabalho na para Assembléia da ABPM, quando deverão discutidas a fragilidade legislativa brasileira; questões fitossanitária e tecnológica; a importação predatória e a garantia de manutenção do país livre da doença chamada Cýdia Polmonella, que está erradicada em território nacional mas ameaçada com a entrada de maçã argentina e o risco de ingresso da produção chinesa.
Estiveram envolvidos nesta primeira discussão com parlamentares a Associação Brasileira dos Produtores e Maçã – ABPM; Agapomi – Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã; Frutipar – Associação dos Fruticultores do Paraná e; Abrafrutas Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados .
Presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado, a senadora Ana Amélia (PP-RS) também se comprometeu em levar os pedidos dos representantes dos produtores de maça à ministra da Agricultura, Kátia Abreu.
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