Ministra diz que embargo de maçã e pera argentinas visam segurança do Brasil

Ministra diz que embargo de maçã e pera argentinas visam segurança do Brasil

Ministra
diz que embargo de maçã e pera argentinas visam segurança do Brasil.
Suspensão das importações se deve à presença
de traça da maçã em carregamentos.

A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) afirmou nesta
quarta-feira (25) que a decisão do governo de suspender a importação de maçã,
pera e marmelo da Argentina visa resguardar a segurança da produção brasileira.
A medida foi tomada devido à presença da praga Cydia pomonella,
conhecida como traça da maçã, em carregamentos provenientes daquele país.

A
ministra lembrou que o Brasil é o único país do mundo que conseguiu extinguir
de forma definitiva a Cydia pomonella das plantações. Ela concedeu entrevista à
imprensa após participar de audiência a convite da Comissão de Agricultura,
Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados.

“Foi com muito pesar que tivemos de suspender a entrada desses produtos porque
nós somos parceiros do Mercosul. Mas, acima de tudo, está a segurança sobre a
produção brasileira. Nós demos o mesmo tratamento técnico que os demais países
do mundo nos impõem. O Brasil é tratado com rigor absoluto quando tem algum
foco ou alguma doença”, declarou a ministra.

De acordo com Kátia Abreu, o Brasil solicitou diversas vezes que o governo
argentino permitisse a verificação in loco do planejamento de contingência e
mitigação de riscos – fiscalização que é realizada todos os anos. “Mas isso não
foi permitido”, lamentou.

“Não tivemos outra alternativa a não ser suspender as importações até que a
Argentina resolva nos dar a oportunidade, técnica e legal, de entrar no país e
fazer as verificações necessárias”, concluiu.

Durante a audiência na Câmara dos Deputados, o secretário de Defesa
Agropecuária, Décio Coutinho, afirmou que o assunto preocupa fortemente os
produtores brasileiros. “Não seria justo com nossa produção nem com o serviço
de defesa brasileiro permitir a entrada dessa ameaça”, disse o secretário.



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